O ano de 2008 marcou o
início de grandes conquistas
para a sustentabilidade da
pesquisa agropecuária brasileira.
Em 23 de abril, o Presidente
Luis Inácio Lula da Silva
lançou o Programa de Fortalecimento
e Crescimento da
Embrapa, o PAC Embrapa,
que adiciona mais recursos
ao orçamento da Empresa,
recompondo a infraestrutura
e ampliando o quadro de
pessoal para atender a novas
demandas e implantar
novos centros de pesquisa.
Ainda em abril, o Conselho
de Administração aprovou o
V Plano Diretor da Embrapa:
2008-2011-2023, com a missão
de “viabilizar soluções de
pesquisa, desenvolvimento e
inovação para a sustentabilidade
da agricultura, em benefício
da sociedade brasileira”,
para que, no horizonte 2023,
quando a Empresa completa
50 anos, ela seja “um dos
líderes mundiais na geração
de conhecimento, tecnologia
e inovação para a produção
sustentável de alimentos, fibras e agroenergia”.
Também é preciso avaliar
bem os impactos da pesquisa
agropecuária para a sociedade,
provedora e destinatária
final de todo este esforço. Em
novembro de 2008 aconteceram,
em Brasília, dois eventos
internacionais: a reunião
bianual de avaliação de impacto
do Conselho Científico
do CGIAR – Grupo Consultivo
Internacional em Pesquisa
Agrícola – que congrega
os centros internacionais de
pesquisa agropecuária; e o
Workshop Internacional sobre
Inovações Metodológicas
em Avaliação de Impactos
da Pesquisa Agropecuária.
Presentes 160 especialistas,
dos quais, 50 estrangeiros
representando todos os
continentes. A riqueza dos
debates permitiu comparar
metodologias, trocar conhecimentos,
examinar enfoques
multidimensionais de
avaliação de impacto, identificar
novas metodologias,
enriquecer experiências e
sinalizar parcerias e possíveis
trabalhos em comum
entre o CGIAR e especialistas
em avaliação de impacto
de pesquisa agropecuária
no Brasil e no mundo. Com
isto se espera uma melhora
do sistema de avaliação de
tecnologias cuja característica
multidimensional – social,
ambiental e econômica – é
uma inovação que tornou a
Embrapa uma referência no
Brasil e no mundo e do qual
este Balanço Social é um dos
principais produtos.
Fortalecida com o PAC
Embrapa, o V PDE 2008-
2011-2023 e os avanços nas
avaliações de impacto, a Empresa
continuará seu trabalho
de criar uma agricultura
tropical alicerçada em pesquisadores
com alto nível de
formação acadêmica, treinamento
e experiência em pesquisa,
instituições científicas
fortes e dinâmicas, gestão
competente, agricultores e
políticas públicas eficientes,
financiamento adequado e
extensão rural de qualidade.
Além dos demonstrativos
de impactos sociais, ambientais
e econômicos de uma
amostra de tecnologias, o
Balanço Social destaca, nesta
edição, oito tecnologias de
grande sucesso nos últimos
anos: a produção integrada
de frutas, as novas cultivares
de frutas e hortaliças mais
produtivas e resistentes a
pragas e doenças, as barraginhas,
os vinhos e as uvas
tropicais, a cultivar comercial
de açaí, o sistema de alerta
da ferrugem da soja e as cultivares
de grãos e forrageiras
como o estilosantes Campo
Grande para o Centro-Oeste
e o amendoim forrageiro Belmonte,
específico para as
pastagens degradadas da
Amazônia.
Soluções Embrapa que
contribuíram para manter
competitiva a atividade agropecuária
e florestal em 2008,
aumentar a renda do brasileiro
e, melhor ainda, preservar
o meio ambiente. Evidências
de que a pesquisa agropecuária
brasileira dá retorno para
a sociedade, multiplicando
muitas vezes cada real assim
investido.